Presidente em exercício leva a hemofilia para a pauta de discussão na Câmara

A presidente em exercício da Câmara Legislativa, deputada distrital Liliane Roriz, levou para o plenário da Casa na tarde desta sexta-feira, 17 de abril, a discussão sobre a saúde pública do Distrito Federal, principalmente no que se refere ao tratamento dos hemofílicos. O Dia Mundial da Hemofilia, comemorado na ocasião, foi tema da sessão solene proposta pela parlamentar para falar sobre o tema.



“O Brasil é o terceiro país do mundo em número de portadores de coagulopatias (enfermidades do sangue)”, lembrou a deputada que também fez questão de dizer, durante o evento, sua experiência com a doença. “Meu irmão, se estivesse vivo, completaria 40 anos neste ano. Além dele, tenho dois sobrinhos que convivem com a hemofilia e acompanho, desde sempre, a luta da minha família”, disse.

Segundo a hematologista Jussara Almeida, uma das responsáveis pela Ajude-C – ONG criada em 2001 com o intuito de criar condições e mecanismos para que portadores de coagulopatias do Distrito Federal tenham acesso garantido aos medicamentos e ao tratamento integral (com padrão equivalente aos melhores centros do mundo), os hemofílicos perderam muitas das conquistas alcançadas no último governo. “Tentaram tirar nossos direitos, mas continuamos na luta”, enfatizou. Representando o secretário de Saúde do DF, Miriam Daise, também presidente da Fundação Hemocentro de Brasília, afirmou que” a gestão da saúde do DF está mudando” e que “o governo está aberto ao diálogo”.

Também presente na sessão solene, o promotor de Justiça do Ministério Público, Jairo Bisol, chamou a atenção para os cuidados e a gestão responsável com a saúde pública. E cobrou dos políticos e gestores atitudes responsáveis para a área.

Ao final do evento, Liliane lembrou da obrigação de todo político em se emprenhar pela melhoria da saúde e cuidados com as vidas das pessoas.

A hemofilia é uma doença genética e crônica, mas existem vários tratamentos para seus portadores. Existem dois tipos de hemofilia: a hemofilia A, que é a deficiência do fator 8, e a B que é a deficiência do fator 9. Ambas apresentam os mesmos sintomas, que são divididos em leve, moderada e grave. A hemofilia A acomete um em cada dez mil nascimentos e a B um em cada 35 mil nascimentos.

Segundo a psicóloga e vice-presidente da Federação Brasileira de Hemofilia, Mariana Battaza Freire, dois terços dos casos de hemofilia são hereditários. No entanto, nos outros um terço dos casos é uma mutação genética, podendo ocorrer em famílias que não tem histórico de hemofilia.

No Brasil, existe o tratamento de profilaxia, que é uma forma de prevenção. A doença é um distúrbio do sangramento que ocorre toda vez que tem o rompimento de um vaso. A pessoa não faz a coagulação de forma normal e esse sangramento pode ser externo ou interno. A pessoa com hemofilia tem 80% dos sangramentos dentro das articulações. Em casos graves, o sangramento pode ocorrer espontaneamente ou por esforços repetitivos.

Fonte: Redação.



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